quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A Lua



Hoje encerrou a votação sobre o que os visitantes deste blog achavam mais bonito, se uma noite de luar ou um pôr do Sol, e para meu espanto ganhou o Luar, eu acreditava que seria o Por do Sol a ganhar, mesmo sendo o luar o meu preferido. Por isso aqui esta uma foto de uma noite de luar.

Agosto de 2007, vinha de sol Tróia com a Tânia e os primos dela, vinha todos a dormir depois de um dia inteiro de praia. Eu como era o condutor mantinha me acordado, nestas alturas em que todos dormem menos eu, vou atento á estrada mas também em motivos interessantes para fotografar, nestas alturas em que o sossego impera no carro, dá para se manter bem atento ao redor da viagem.
Quase a chegar a Montemor o novo, e já bem tarde, deparei me com a lua, estava cheia, bem linda e brilhante, mas naquele pedaço de estrada nacional muitas árvores estão junto á estrada, dificultando a visão da lua, ora a via ora não. Vinha a brincar comigo pensei, foi então que assim que arranjei um bom sitio para estacionar o carro, parei, saquei da maquina subi uma vedação e fotografei o luar. A sua luz era imensa, o céu estava azul, em vez do preto comum, fotografei a por entre as árvores, deixei me embrenhar na sua grandeza. Posso garantir que a lua tem mais a ver com a humanidade do que o Sol, a lua é capaz de iluminar o escuro, é tímida e risonha, tem mística e eu digo vos, tem noites que me perco a olhá la, a tentar fotografa la com todo o seu significado.

Mas uma coisa vos garanto, mesmo que passe o resto da minha vida a fotografar a lua, nunca mas nunca irei conseguir fotografa la na sua plenitude, para isso precisava de ser uma estrelas e eu não o sou...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Aliança ou anel?


Quando as alianças passam a ser simples anéis, é porque alguma coisa morreu, quando passam a ter só histórias do passado e não visões do futuro, é porque o presente não resistiu e ruiu, quando palavras passam, actos se perdem e olhares se deixam de cruzar, não vale a pena mais chorar, mas sim lutar por um fim mais digno, por palavras que não se perdem na escuridão de pensamentos que nunca teremos a certeza se serão sentidos ou apenas frutos do momento. O destino é uma coisa tramada, nunca sabemos se é ele que nos comanda ou nós que o comandamos, quantas vezes não dizemos “Foi o que o destino quis!” mas quantas outras vezes não ouvimos “O destino é comandado pela tua vontade!”, mas afinal quem manda eu ou o destino. Na realidade acho que nenhum, acho que vivo para sorrir para nada mais, quero continuar a viver, mas nunca mais quero alianças que se tornam em anéis, não quero perder mais poder.

Na realidade não sei dizer bem onde foi tirada esta foto, sei que foi em Maio, vésperas de uma despedida, sei dizer o que me levou a tira la, foi uma vontade imensa de me encontrar, de encontrar respostas, de perceber quem era naquela altura.
Estava eu sentado no meu carro, a meu lado estava uma velha bíblia, a desfazer se tal não era a sua idade, então saquei da máquina e fotografei-a, primeiro a capa, depois algumas páginas até que resolvi coloca-la aberta no meu colo, e junto às letras manuscritas, coloquei uma aliança, a tal que depois passou a ser somente mais um anel. Depois de alguns cliques achei que tinha uma boa fotografia e guardei tudo.
Enconteime no banco, fechei os olhos para alimentar a minha alma, e o que foi que senti, nada, absolutamente nada, apenas um vazio de incertezas, ou seja coisa nenhuma senti.
Hoje passados mais de dois anos, sinto que já não importa, que as alianças podem se tornar anéis, mas a verdadeira aliança esta nos nossos corações, que verdadeiras alianças são aquelas que se fazem com o coração, com um simples olhar seguido de um sorriso, onde desconfiança não entra e a tristeza apenas faz com que se tornem mais fortes, para poder atingir a plenitude de uma felicidade imensa.
No dia em que tirei aquela foto, cheguei á conclusão que não era eu, era apenas um espectro de mim, uma fraca figura do que sou hoje, andava perdido e pensava que tentar salvar alguém poderia resolver tudo em mim, mas não, estava errado e sendo eu verdadeiramente poderei ajudar.

Nunca pensem que são alianças que mostram amor, mas sim as palavras, gestos e sorrisos podem fazer com que quem amam se sinta amado e feliz ao vosso lado…