
Agosto, a noite estava quente e abafada, mais uma noite perfeita para sonhar, uma noite perfeita para suspirar de amor, para tentar encontrar o amor. eu vou vos confessar uma coisa, eu sou uma pessoa sonhadora, daquele género de pessoas que pensa que os sonhos são realmente os fios condutores da vida, e que só se vive se se sonhar por isso eu sonho, com toda a força do meu ser.
Mas voltando á noite em que tirei esta fotografia, sai de casa em direcção ao café da cidade, na minha mala chamada pensamento levava talvez mais um desgosto de amor, digo talvez porque talvez fosse amor, ou talvez não fosse o que tinha sentido. ia um pouco triste confesso e com pouca disposição para ir para o café da cidade, mas nesse dia um dos meus melhores amigos ia lá tocar por isso eu não poderia faltar, era necessaria a minha presença e a reportagem fotográfica do momento evidentemente. entrei dirigi me para perto do pessoal, a cerveja começou a ser presença habitual na nossa mesa, conversa para aqui conversa para ali, sorrisos e gargalhadas, beijos e abraços, uma noite para recordar com os amigos, e claro umas flashadas no pessoal, para imortalizar o momento.
começa o concerto, as pessoas que se encontravam no bar começam a dirigir a sua atenção para os músicos, as notas soltam se dos instrumentos, a voz do meu amigo começa a entoar pelos quatro cantos do bar, e eu sedento de boas fotos posiciono me e começo a "bater chapa" (expressão utilizada pelos fotógrafos mais velhos). o barulho do diafragma entrava em sintonia com as notas da banda, deixei fluir o pensamento pelos dedos que faziam o diafragma funcionar e daí saíram belas fotografias. algumas musicas depois, e algumas cervejas depois também, depois de alguns aplausos, eu enfio me a um canto, para tirar a fotografia que aqui hoje publico, afasto me de todos e começo a olhar para a assistência e penso, porque batem somente palmas ao meu amigo e aos seus colegas, eu também mereço palmas, talvez mais que eles, porque? porque eles limitavam se a tocar temas de outras bandas, e eu não, eu estava a criar arte, a fotografar o que ninguém mais fotografava, era eu o original, era eu quem merecia as palmas, era eu apenas eu...
Com isto não quero que me julguem convencido, quero apenas mostrar que eu também faço arte e que esta arte pode ser aplaudida...
Aplaudam a fotografia, aplaudam na, sintam na, vale a pena...